Conflitos
18h20 22 Maio 2025
Atualizada em 22/05/2025 às 18h20

ONU corrige alegação de que 14.000 crianças de Gaza poderiam morrer de fome em 48h 4t727

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Por Redação, O Estado de S. Paulo Fonte: Estadão Conteúdo

A afirmação amplamente divulgada de que 14.000 bebês em Gaza poderiam morrer em 48 horas foi corrigida pela ONU, que diz que o número se refere a possíveis mortes ao longo de um ano. 5h4m1u

A declaração, veiculada no programa Today da BBC Radio 4 e repetida na mídia internacional, foi esclarecida pela BBC como uma deturpação de um relatório humanitário que projetava casos de desnutrição em crianças de seis meses a cinco anos em um período de 12 meses.

O diretor de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher, afirmou na manhã de segunda-feira, 19, que 14.000 bebês poderiam morrer em Gaza nos dois dias seguintes se Israel não deixasse a ajuda entrar imediatamente, aparentemente com base em um relatório da Integrated Food Security Phase Classification (IPC) Partnership.

A morte dos bebês pode ocorrer em um ano, segundo o relatório independente sobre casos de fome na Faixa de Gaza.

Em entrevista ao programa Today da BBC, Fletcher disse: "Há 14.000 bebês que morrerão nas próximas 48 horas, a menos que consigamos chegar até eles".

Quando pressionado sobre como havia chegado a esse número, ele disse que havia "equipes no local" operando em centros médicos e escolas - mas não forneceu mais detalhes.

Mais tarde, a BBC pediu esclarecimentos sobre o número ao Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (UNOCHA), que disse: "Estamos chamando a atenção para a necessidade imperativa de levar suprimentos para salvar cerca de 14.000 bebês que sofrem de desnutrição aguda grave em Gaza, conforme alertou a parceria do IPC. Precisamos receber os suprimentos o mais rápido possível, de preferência nas próximas 48 horas".

Ele destacou um relatório da Classificação da Fase de Segurança Alimentar Integrada (IPC) que afirmou que 14.100 casos graves de desnutrição aguda devem ocorrer entre crianças de seis a 59 meses de idade entre abril de 2025 e março de 2026.

O relatório do IPC diz que isso pode ocorrer ao longo de aproximadamente um ano - e não em 48 horas.

Quando pressionado sobre os números em uma coletiva de imprensa, o porta-voz da UNOCHA, Jens Laerke, disse: "Por enquanto, deixe-me apenas dizer que sabemos com certeza que há bebês que precisam urgentemente desses suplementos para salvar suas vidas, pois suas mães não conseguem se alimentar sozinhas".

"E se eles não receberem esses suplementos, correrão perigo de vida", disse ele.

Entrada de alimentos

Israel permitiu a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza de "maneira limitada". Na prática, algumas centenas de caminhões entraram no território palestino cercado pelas forças israelenses.

Na quarta-feira, 21, três dias após Israel anunciar que aliviaria o bloqueio à entrada de ajuda humanitária em Gaza, parecia que pouco ou nenhum alimento, combustível e medicamentos desesperadamente necessários havia chegado aos palestinos famintos.

Dezenas de caminhões transportando suprimentos entraram em Gaza através da agem fronteiriça de Kerem Shalom, controlada por Israel, segundo o governo israelense. Mas as Nações Unidas até aqui não conseguiram que nenhum caminhão rumasse de Kerem Shalom até armazéns dentro de Gaza, de acordo com dois funcionários da ONU, que pediram anonimato para revelar detalhes sensíveis.

O porta-voz da ONU Stéphane Dujarric afirmou na terça-feira, 20, que equipes da entidade aguardaram várias horas pela permissão israelense para seguir para a fronteira. Mas não conseguiram "garantir a chegada" desses suprimentos aos armazéns, disse ele em uma entrevista coletiva.

Awad afirmou que ele e outros foram informados pelas Nações Unidas de que alguns carregamentos de farinha poderiam chegar nesta quarta-feira. Mas mesmo que chegassem representariam apenas uma pequena redução na fome diária que se espalhou em Gaza sob o bloqueio israelense.

Nesta quinta, 22, uma padaria, no centro da Faixa de Gaza, estava assando pão novamente. Vladimir Jovcev, do Programa Mundial de Alimentos da ONU, disse que "definitivamente não é suficiente, mas esperamos que as fronteiras permaneçam abertas e que possamos levar mais ajuda". (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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